A indulgência é um sentimento doce, fraternal que todos nós deveríamos sentir em relação àqueles que nos rodeiam.
A indulgência não vê defeitos e se os vê, evita comentá-los para evitar que se propaguem.
Devemos saber julgar os nossos corações, os nossos pensamentos e os nossos próprios actos sem nos preocuparmos com os actos dos outros.
Temos que saber ser severos connosco e indulgentes para com os outros.
A indulgência atrai a calma e corrige, enquanto a crítica afasta e irrita.
Devemos ajudar a fortificar os fracos mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento.
Temos que compreender toda a misericórdia infinita do Nosso Pai e nunca devemos esquecer-nos de dizer em pensamento:
- “Perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos aqueles que nos têm ofendido”.
Devemos compreender bem o valor destas palavras.
Porque só nos lembramos de pedir perdão a Deus quando nos esquecemos das nossas obrigações e nos lembramos das nossas transgressões.
No entanto se Deus se esquecesse das nossas faltas, não éramos punidos mas também não éramos recompensados.
Ao pedirmos perdão a Deus, estamos a pedir também o favor de Sua Graça para não cairmos de novo e a força necessária para entrarmos num outro caminho, no caminho da submissão, do amor e do arrependimento.
Quando perdoarmos os nossos irmãos não devemos ficar contentes com o esquecimento das suas faltas, devemos acrescentar o amor a esse perdão, fazendo por esses irmãos o que pedimos ao Nosso Pai que faça por nós.
Temos que saber substituir a cólera que mancha pelo amor que purifica.
Esta caridade foi-nos transmitida por Jesus enquanto esteve na Terra e se queremos seguir-lhe as pegadas então devemos saber copiar o seu exemplo.
A caridade para com todos e amor de Deus sobre todas as coisas, porque o amor de Deus resume todos os deveres e porque é impossível amar a Deus sem praticar a caridade.